Tão grata, tão grata eu estava. E a gratidão me fez virar de ponta-cabeça naquele colchão no chão. E mirá-las. A mim só cabia agradecer ao escuro da noite, pouco depois da meia-noite, que é a hora de a chamarmos de bom-dia. A noite me iluminava através do fogo das estrelas que aqueciam minha pele e meu mais profundo vale de emoções. Eu não sabia o que poderia surgir após aquele momento, mas eu já tinha alcançado um estado de adoração que eu não rejeitaria nunca mais.
As estrelas me sussurraram que estava na hora de, novamente, roçar o tênue limite que nos separava, no seu, tênue limite também. Abracei suas pernas, a suplicar que seu corpo jamais descolasse do meu. E assim nossa combustão reacendeu, prometendo uma longa vida a dois. Não havia luz do luar naquela janela, nem reflexos do que quer que fosse, porque o brilho era nosso e competia com o incêndio de cada estrela.
Você me trouxe esta vida em que nos ligamos pelos laços prateados de nossos espíritos. E que ofertou sua beleza bivitelina e gentil ao aumento de nossa idade.
Este é o único motivo que me faz cantar estes votos e reafirmar que, após a maioridade de nossa união, te amo.