Escolher o desejo é primazia
Da liberdade, na
Gangorra entre o ardor e
As convenções,
O horror das convenções
E a extinção da chama que ainda não se mitigou.
A frivolidade é irresistível,
É uma perversão.
Está em comentários espirituosos
E na morada do prazer,
Na sucção da satisfação,
No sorver da pressa
Em encharcar o cérebro das emoções potentes
E devastadoras
Emprestadas à boca de um estômago lascivo e ácido.
Deixo-me ir, deixo-me seguir
O rastro lânguido e úmido
Da entrega e de um tremor obrigatórios
A quem apenas deseja.
Imagem Laura makabresku